quarta-feira, abril 28, 2010

Calma é a palavra ao se analisar O Aprendiz 7

Com 04 episódios exibidos já é possível fazer uma análise mais segura de O Aprendiz 7, reality cujo faturamento é o maior da Rede Record, conforme a própria emissora fez questão de frisar durante o seu lançamento. Foram muitas as mudanças para esta edição, a começar pelo apresentador e seus conselheiros, com a saída de Roberto Justus que mudou de emissora, a atração passou a ser comandada pelo empresário João Dória Júnior.

Um programa neste formato, quando recebe tamanhas alterações, a começar pelo apresentador que é o carro-chefe da atração, normalmente passa por um período de adaptação e é necessária paciência por parte do público para não fazer um julgamento precipitado. É exatamente o que vem acontecendo em O Aprendiz 7. Quem assiste a atuação edição cai no lugar-comum triste para os fãs do reality que é a constatação de que o programa piorou muito em comparação com as edições anteriores.

Essa é a análise simplória. De fato, houve um regresso sem precedentes, principalmente se a comparação for com o programa até a sua 5ª edição – a 6ª já mostrou uma substancial queda de qualidade – e o público começou a perceber que, talvez, o formato somente se manteve bem e com sucesso por tantas edições graças ao estilo imposto por Roberto Justus.
Mesmo considerando um erro a escolha de João Dória Júnior como apresentador, é também um erro julgar o formato como ultrapassado no Brasil e sem chances de melhora. O próprio Justus foi alvo de duras críticas em sua primeira edição a frente do programa, portanto, é preciso que se dê tempo ao novo apresentador. É bem verdade que esta edição é para se esquecer, porém, pode ser que ela dê a maturidade e o conhecimento necessário ao apresentador para que ele melhora nas próximas edições, exatamente como ocorreu com seu antecessor.

O formato de O Aprendiz é um dos melhores já criados para a televisão e o público e a crítica brasileira não podem simplesmente condenar um Reality de tamanha qualidade ao fracasso, querendo até colocar em risco suas próximas edições. A TV brasileira necessita de produtos de qualidade e não se pode julgar precipitadamente toda uma estrutura apenas por causa de uma edição.

Todas as críticas a Dória e a 7ª edição de O Aprendiz são válidas e reais, porém não definitivas. É possível realizar ajustes necessários e melhorar o programa recolocando-o nos trilhos. Ao menos, essa é a torcida. Uma edição mal produzida não pode entregar a um programa o título de ruim, quando seu formato é comprovadamente muito bom, é preciso calma na análise e entender que todas as mudanças realizadas geraram problemas que podem – e certamente serão – corrigidos. Torcer contra não é o caminho.

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