O sucesso de “Chaves” se estende aos subprodutos criados da série. Pablo Kaschner sentiu isso na pele quando teve sua monografia publicada, “Chaves de um Sucesso”, em 2007.
Convidado para criar outro livro, pensou no Seu Madruga (Ramón Valdés), que é um dos personagens mais queridos do seriado, apesar de politicamente incorreto, sempre desempregado e devendo 14 aluguéis. “Seu Madruga – Vila e Obra” (R$ 29,90; 125 págs.) sai pela Mirabolante.
“Fiz um livro homenagem, porque é complicado o acesso à informação daqui do Brasil e ele morreu há 20 anos”, conta.
A obra faz uma compilação de declarações presentes na internet e se baseia numa biografia do irmão de Valdés, que foi um ator conhecido no México.
Acaba não explorando o rompimento com Roberto Bolaños –Valdés acompanhou Carlos Villagrán em sua incursão em programa na Venezuela– nem traz novidades sobre sua biografia. Mas serve para os fãs conhecerem as similaridades do ator com o Seu Madruga.
“O personagem tem o carisma cômico do programa, por isso o escolhi. ‘Chaves’ não é simplório. Traz o conforto da simplicidade neste mundo de hipertexto em que vivemos”, afirma o autor. “Faz um retrato da realidade latino-americana. Além disso, tem um humor não agressivo, faz piada sem fazer inimigo. Não escarnece para fazer rir.” E brinca: “Se o Seu Madruga tivesse um site, ia ser.sem, em vez de.com”.
Para Maurício Melo, que ilustra o livro e organiza o Festival da Boa Vizinhança, o sucesso do programa vai se manter porque “sempre vai existir crianças pobres como o Chaves”.
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