terça-feira, abril 27, 2010

O Poder do Humor de Qualidade

Não vou fazer uma crítica ao péssimo Legendários, apesar de a partir de agora, sempre que se falar de humor, ter-se como referência a má qualidade do programa da Record. O momento é mostrar o parâmetro que um programa de qualidade dá resultados sempre, ou pelo menos quase sempre.
Enquanto Legendários tentou revolucionar a TV brasileira e vem conseguindo números inexpressivos de audiência – nem sequer aparece entre as principais audiências da sua emissora – dois outros programas parece que escolheram justamente este período para se consagrarem.
O Pânico na TV que já tornou-se tradicional na televisão, vem a cada domingo conquistando mais e mais o público. Na última semana, além de conseguir a proeza de liderar a audiência por alguns minutos, fechou com uma de suas melhores médias no ano, 10 pontos segundo o consolidado. Esse número parece próximo ao Legendários – que fechou com 09 – mas não é. Se levarmos em consideração que o Pânico é da Rede TV, uma emissora que raramente consegue fechar com 02 pontos de média geral no dia, nota-se que o humorístico fechou em 05 vezes a média da emissora. Como a Record fecha com média de 07 pontos, seria como se o Legendários registrasse 35 a 40 pontos de média. Pequena a diferença, não?

E para dar o golpe de misericórdia, o CQC – Custe o que Custar – da Band parece que não pára de crescer em audiência. Nesta segunda-feira, o programa obteve sua melhor média, 07 pontos de acordo com os dados prévios, chegando a picos de 10, ficou em terceiro lugar, mas houve momentos de vice-liderança. 07 pontos para o CQC na Band que também fecha normalmente com 02 pontos de média-dia, representaria cerca de 25 pontos para o Legendários, na proporção. Impressionante, não?
Creio que essa pequena lição do telespectador em três dias consecutivos – no sábado rejeitando o Legendários, no domingo e na segunda aceitando amplamente o Pânico na TV e o CQC – é uma amostragem que o humor do bem não é a proposta que o humorístico da Record vem tentando fazer, mas é acima de tudo, aquele que faça o público rir.

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