A Record não está poupando dinheiro na produção de “Ribeirão do Tempo”, próxima novela da emissora, que estreia em meados de maio. A espinha dorsal da trama é a aventura, que será apresentada ao telespectador através de Tito, personagem do ator Ângelo Paes Leme, que é apaixonado por esportes radicais.

Só para construir a cidade cenográfica, que fica em Pedra de Guaratiba, na zona oeste do Rio, a Record investiu R$ 4 milhões. Além disso, ainda teve custos com hospedagem, transporte e alimentação para uma equipe de 100 pessoas durante quase uma semana em Casimiro de Abreu, cidade que fica a 130 quilômetros do Rio de Janeiro. É lá, no Rio Macaé, que Tito se diverte praticando rafting. “Fazemos as tomadas aqui e colocamos a represa em 3D na cidade cenográfica”, explica o diretor, Edgard Miranda.

Para fazer a sequencia em que Tito salva Querêncio (Taumaturgo Ferreira) de um afogamento no Ribeirão do Tempo – nome fictício do Rio Macaé -, foram necessárias três câmeras profissionais, além de cinco à prova d’água, que ficaram presas nos capacetes usados pelos atores e nos botes utilizados no rafting. Cada cena é feita com minucioso cuidado. “A mesma tomada é realizada, no mínimo, três vezes”, conta o diretor.
As chuvas que assolaram o Rio de Janeiro fizeram com que as gravações em Casimiro de Abreu fossem remarcadas duas vezes. Nesta terça-feira (20/4), com o sol brilhando, Edgard e sua equipe conseguiram começar a trabalhar na cidade. Em compensação, o dia lindo não favorece a correnteza porque o fluxo de água diminui e o rio fica raso. Por conta disso, os botes utilizados nas cenas de rafting ficaram presos por várias vezes. “A gente grava a descida do Tito no rio e, sempre que se vai refazer a cena, o bote leva mais cinquenta minutos para chegar ao local de início porque ele é pesado e a estrada é de difícil acesso”, justifica.
Para Ângelo Paes Leme, apesar de todo o trabalho, fazer cenas fora do estúdio é um privilégio. “Acho bacana fazer uma novela que saia do estúdio. Temos uma cidade cenográfica linda e é muito mais legal estar junto à natureza”, diz o ator.

Taumaturgo Ferreira, que não conseguiu gravar sua cena de afogamento porque a luz natural diminuiu muito rápido, também é a favor das externas. “Parece que a gente está gravando um filme, e não uma novela. Além do mais, acho que os atores se transportam para o lugar. Para mim, não estou em Casimiro de Abreu. Estou em Ribeirão do Tempo”, conta.