sábado, maio 01, 2010

Flávio Marinho comemora 25 anos de carreira com novos projetos e muito trabalho

Flávio Marinho – Foto Beti Niemeyer/ Divulgação
RIO – No ano em que completa 25 anos de carreira, o dramaturgo, escritor e diretor Flávio Marinho ainda não teve tempo para comemorar. Motivos não faltam: só em 2010, Flávio foi indicado ao prêmio Shell de melhor autor pela peça “Além do arco-íris”, continua assinando o roteiro do seu ‘filho predileto’, o programa “Som Brasil”, da TV Globo, e emplacou com Miguel Falabella o seriado “Vida Alheia”, no ar nas noites de quarta, também na emissora. E esses são apenas alguns de seus projetos:
- Acabei de terminar uma pesquisa sobre a história do teatro brasileiro a partir dos anos 70, vista sob a ótica dos programas das peças. Quero publicar esse material em um livro de arte, que já tem nome: “Teatro é o melhor programa” – conta o escritor, que está em fase de captação de recursos para o lançamento do projeto.
Marinho também se dedica atualmente a escrever uma peça sobre a vida da atriz Zezé Macedo, além da tradução de “Cócegas” para o francês e da produção argentina “Dias contados” para o português.
Para conseguir levar tantos projetos à frente, Flávio tem uma receita infalível: muito trabalho e paixão pelo que faz:

- Tenho duas paixões indissociáveis: a música e o teatro. Não consigo escrever uma peça sem pensar no tema, por exemplo. Às vezes, estou escrevendo uma cena e começo a pensar na música que vai entrar ali…enquanto não resolvo, não consigo continuar – revela.
A carreira de Flávio Marinho começou em 1985, quando ainda era jornalista de cultura do GLOBO. No final daquele ano, recebeu convite para escrever o roteiro de um show na boate People, no Leblon. Em 1987, traduziu o musical “A noviça rebelde”, sucesso de público que o transformou em um tradutor requisitado. No ano seguinte, escreveu “Splish splash”, musical estrelado por Claudia Raia e, em 1993, assinou sua primeira produção, a peça “Sete brotinhos”, que deve reestrear ainda este ano.
- Todos meus trabalhos me marcaram e têm sempre um pouco de mim. Na peça “Além do arco-íris”, por exemplo, o texto surgiu de uma necessidade de repensar a perda, que veio com o falecimento da minha mãe. A Luciana Braga (que estrela a peça) tinha perdido a mãe na mesma época, então tivemos uma sintonia. Quem vê a peça percebe que ela é mais dona do texto do que eu.

‘Som Brasil’ já tem programação do semestre definida
- Nesta sexta-feira, o “Som Brasil” vai homenagear Adoniran Barbosa. O programa está incrível. Temos os Demônios da Garoa, representando o próprio Adoniran, o rapper Renegado, Arnaldo Antunes e a cantora Céu – que apresenta uma versão de um dos sambas do paulista em uma rumba à la Tom Waits – comenta Marinho.
Na edição de hoje, Patrícia Pillar, primeira apresentadora do especial, comanda as atrações. A partir do próximo episódio, Camila Pitanga retorna à apresentação do programa.
Segundo Flávio Marinho, os próximos homenageados serão Dominguinhos, Rita Lee, Carlos Lyra e Lupicínio Rodrigues.

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